Você já deve ter percebido que alguns setores profissionais usam termos bem específicos no seu dia a dia, certo? Você mesmo, seja com clientes, parceiros ou colaboradores do escritório, provavelmente solta muitos termos de contabilidade sem nem notar! Mas a pergunta que fica é: será que você conhece mesmo todos os jargões da área e sabe usá-los adequadamente? Pois é o que vai descobrir ao longo deste post!
Trazemos aqui 15 dos termos mais usados pelos contadores, explicando o que eles significam e como são usados. Pronto para enriquecer seu vocabulário? Então acompanhe a partir de agora!
1. Amortização
Representa a redução gradual de uma dívida por meio de pagamentos periódicos acordados entre credor e devedor. Esse termo é bastante usado nos casos de financiamentos de imóveis, hipotecas e empréstimos bancários, por exemplo.
Também pode ser sinônimo de depreciação, desde que trate de direitos e bens intangíveis, como patentes e marcas. Nesse caso, a amortização é encarada como uma conta que recebe os lançamentos de redução dos ativos devido a consumo ou perda do capital investido.
2. Ativo
Bem comum na rotina do contador, esse termo se refere à parte patrimonial do empreendimento, incluindo bens e direitos e sendo dividido em circulante e não circulante. O circulante é de curto prazo, enquanto o não circulante, de longo. O saldo da conta de ativo é devedor, exceto no caso de contas retificadoras — como na depreciação acumulada.
3. Balanço patrimonial
Esse é um dos termos mais conhecidos na contabilidade, referindo-se à demonstração que evidencia qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial do negócio em determinado momento. Seu relatório apresenta a relação de passivos, ativos e patrimônio líquido da organização.
4. Capital social
É a quantia investida pelos sócios ou acionistas nas operações do empreendimento. O valor fica definido em contrato ou estatuto e representa a participação de cada um.
5.Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)
Faz a comparação entre as contas de resultado para verificar se houve lucro ou prejuízo em determinado exercício. Em outras palavras, apresenta a formação do resultado líquido de um período pelo confronto entre receitas, despesas e custos apurados de acordo com o regime de competência.
6. Depreciação
Representa o desgaste dos bens físicos que foram registrados no ativo permanente. Isso acontece pelo próprio uso, por obsolescência ou deterioração natural. Os lançamentos de diminuição do valor de cada item são feitos em uma conta também chamada depreciação.
7. EBITDA
Sigla para Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization, o EBITDA pode ser traduzido como LAJIDA, em português, sigla para Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. De modo geral, esse indicador financeiro indica a geração operacional de caixa, sendo mais usado por empresas de capital aberto e analistas de mercado.
8. Fato contábil
É o evento que provoca uma ou mais alterações de resultado ou patrimoniais. O fato contábil também pode ser chamado de fato administrativo e classificado como modificativo, permutativo ou misto.
O primeiro representa o evento que modifica o patrimônio líquido. Ele pode ser aumentativo, quando traz acréscimos, ou diminutivo, nos casos em que há redução. O segundo é um evento que também muda o patrimônio líquido, mas pode alterar ainda a composição de outros elementos patrimoniais. O terceiro também é chamado de composto e combina os outros 2, podendo ser aumentativo ou diminutivo.
9. Margem de contribuição
Usado especialmente na contabilidade de custos, esse é o termo dado à diferença obtida entre preço bruto unitário, custos e despesas variáveis também por unidade. Corresponde, assim, a uma medida de confronto contra os custos fixos.
Simplificando, podemos dizer que a margem de contribuição apresenta o dinheiro que sobra da venda de um serviço ou produto depois de retirados os gastos variáveis.
10. Passivo
Assim como o ativo, esse é um dos principais e mais recorrentes termos contábeis. O passivo representa as obrigações que a empresa possui com os sócios, acionistas e terceiros. Pode ser classificado como circulante, não circulante e patrimônio líquido.
O primeiro se refere às obrigações que devem ser pagas no próximo exercício — contas e títulos a pagar, duplicatas, empréstimos bancários, entre outros. O segundo é composto por dívidas que vencem após o exercício seguinte. Já o terceiro é o valor aplicado pelos proprietários, que pode se dividir em capital social, lucros ou prejuízos acumulados, reservas de avaliação e de capital.
11. Perda
Representa, para o contador, um consumo anormal ou involuntário. A perda pode se converter em custo, caso a consumação ocorra por conta de características específicas da matéria-prima trabalhada. Também pode significar despesa, caso seja devido a um fator externo.
12. Regime de caixa
É o regime contábil que apura as receitas e despesas no momento do seu pagamento ou recebimento, sem considerar o período em que foram realizadas. É um modelo mais usado pelo setor financeiro.
13. Regime de competência
É outro regime contábil, mas que apura as receitas e despesas no momento em que o fato gerador ocorre. Essa modalidade é mais usada na contabilidade propriamente dita.
14. Taxa Interna de Retorno (TIR)
É um indicador financeiro que calcula a taxa de desconto que determinado caixa teria para que seu Valor Presente Líquido (VPL) se igualasse a zero. Traduzindo: é o retorno do investimento realizado para verificar sua viabilidade.
15. Taxa Mínima de Atratividade (TMA)
Usa-se a TMA para conhecer o retorno esperado de um projeto, o mínimo que o investidor espera receber de volta. Essa taxa de juros é composta por diferentes variáveis, como risco do negócio, custo de oportunidade e liquidez.
A essa altura, você deve ter percebido que esses 15 termos são bastante usados e, em muitos casos, estão atrelados a questões financeiras. Indicando a seu cliente o caminho que ele deve seguir: é desse modo que você conseguirá exercer seu trabalho de maneira cada vez mais estratégica!
Fonte: Alterdata