A China entrou para a lista das 20 principais economias mais inovadoras, ocupando o 17º lugar no ranking do Índice Global de Inovação (GII, na sigla em inglês), publicado anualmente pela Universidade Cornell, pelo Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
A Suíça ocupa a primeira posição no índice, seguida dos Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, Irlanda.
O GII está em sua 11ª edição e é uma ferramenta quantitativa detalhada que auxilia na tomada de decisões. O índice classifica 126 economias com base em 80 indicadores, que vão desde as taxas de depósito de pedidos de propriedade intelectual até a criação de aplicativos para aparelhos portáteis, gastos com educação e publicações científicas e técnicas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae são parceiros no lançamento da edição deste ano.
“A classificação da China em 17º lugar representa um avanço para uma economia que vivencia uma rápida transformação guiada por uma política governamental que prioriza a pesquisa e o intenso desenvolvimento da engenhosidade”, diz o documento divulgado nesta terça-feira, 10.
Enquanto os Estados Unidos caem para a sexta posição no GII 2018, acrescenta o estudo, a China é uma potência da inovação que produziu muitas das empresas líderes em alta tecnologia e das inovações transformadoras do mundo. Os Estados Unidos ocupavam a quarta posição no ano passado.
O Brasil, maior economia da América Latina e Caribe, ocupa o 64º no GII deste ano, subindo cinco posições na comparação com 2017. Essa é a melhor posição do País em quatro anos.
Mas o Brasil não tem a liderança da América Latina, ocupada pelo Chile, que está em 47º lugar no GII neste ano, a melhor classificação para a região com pontos fortes em qualidade regulatória, matrículas no ensino superior, acesso a crédito, empresas que oferecem treinamento formal, abertura de novas empresas e fluxos de entrada e de saída de investimentos externos diretos.
A Costa Rica está na segunda posição da região, com destaque para gastos com educação, acesso a crédito, produção por trabalhador, valor pago por uso de propriedade intelectual, exportações de informações e serviços de tecnologia da comunicação e mídia gráfica e outras mídias.
Em terceiro lugar na região, aparece o México, com destaque para facilidade de obtenção de crédito, fabricação técnica, importações exportações técnicas líquidas e exportações de bens criativos.
Com relação ao Brasil, a publicação destaca os gastos com P&D, importações e exportações líquidas de alta tecnologia, qualidade de publicações científicas e universidades, especialmente a Universidade de São Paulo, a Universidade de Campinas e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“O Índice Global de Inovação é muito importante para a construção e o aperfeiçoamento das políticas de inovação no Brasil, uma vez que aponta nossas oportunidades para melhoria e nossos pontos fortes. Também é um instrumento vital para a definição de novas políticas. Com a nova revolução industrial que está por vir, a inovação ganha um novo peso no desenvolvimento e na competitividade das nações, e o Brasil deve se dirigir para esse caminho”, afirma o presidente da CNI, Robson Andrade.
Os Estados Unidos continuam liderando em inovação na América do Norte. “Os Estados Unidos permanecem o primeiro contribuidor dos principais insumos e produtos da inovação, nomeadamente no investimento em pesquisa e desenvolvimento, e aparece em segundo lugar após a China em número de pesquisadores, patentes e publicações científicas e técnicas”, diz o documento. E pelo terceiro ano consecutivo, os EUA ultrapassaram o Reino Unido na qualidade de suas universidades.
Onze das vinte principais economias em inovação vêm da Europa, incluindo as três primeiras: Suíça, Países Baixos e Suécia. A Suíça ocupa a primeira posição no GII pelo oitavo ano consecutivo.
Todas as economias da região do Sudeste Asiático, do Leste Asiático e da Oceania neste ano estão classificadas entre as 100 melhores no GII. As mais bem classificadas são Cingapura (5º), República da Coreia (12º) e Japão (13º).
Fonte: Exame