Um breve balanço de 2018 e o que esperar de 2019


Muitos dirão que 2018 é só mais um ano que se encerra. Porém, 2018 não foi um ano qualquer. Foi um ano de fortes emoções nos mais variados campos da vida humana, da política até o mundo esportivo.
 
Na política, vimos o brasileiro que tomou as ruas entre 2013 e 2016 em prol de um país melhor, justo e ético fazer a diferença nas urnas. Saem o lulopetismo e seus esqueletos e entra uma aliança de centro-direita em torno de Jair Messias Bolsonaro.
 
Contudo, o ponto alto desse processo eleitoral que se encerrou em 28 de outubro com a eleição de Bolsonaro foi a mensagem de renovação política que foi passada pela sociedade, funcionando como um recado para todos os eleitos que assumirão seus postos políticos no começo de 2019. Em vista disso, projeta-se para 2019 uma classe política mais alinhada, pressionada e igualmente preocupada com a voz das ruas.
 
Com a eleição de Jair Bolsonaro e a guinada do poder político da esquerda para a direita, também cresce o otimismo das forças econômicas quanto à implementação das reformas estruturantes de que o Brasil precisa para retomar o crescimento da economia e se desenvolver em bases sustentáveis. Afinal de contas, o povo depositou suas esperanças em Bolsonaro justamente por acreditar que ele era o candidato mais apto a conduzir o projeto de modernização do aparato estatal e tornar a máquina pública mais econômica, eficiente, eficaz e efetiva. Para tanto, será preciso enxugar estruturas, eliminar feudos político-partidários e tornar o Serviço Público motivo de manchete em jornais não por condutas ilegais e/ou imorais, e sim por sua capacidade de entender e satisfazer as necessidades da sociedade que o custeia.
 
Outro ponto que mereceu destaque neste ano e que refletirá não só na cena política, mas também no mundo dos negócios em 2019 é a forma como o indivíduo se manifesta em relação ao mundo que o cerca. Saem os “formadores de opinião” da sociedade (mídia mainstream, supostos especialistas, artistas e pretensos intelectuais) e entram as redes sociais, onde cada um importa e se expressa sem intermediários.
 
Com essa mudança de paradigma na maneira como o indivíduo se informa e se expressa, tornou-se mais desafiante identificar tendências socioculturais que impactem no sucesso dos negócios a curto e longo prazo. Não por acaso, as gigantes do setor de tecnologia da informação, como Google e Facebook, vêm investindo maciçamente em pesquisa e desenvolvimento de soluções em big data analytics.
 
Quanto ao mundo do esporte, 2018 foi mais um ano de frustração para o futebol brasileiro, que ficou pelo caminho na Copa do Mundo da Rússia. Todavia, essa queda do futebol canarinho serviu de reflexão acerca da importância de nos mantermos sempre em evolução, ainda que sejamos reconhecidos pela nossa história de vitórias. E o caso do futebol brasileiro foi bem ilustrativo nesse sentido, na medida em que a arrogância natural da seleção pentacampeã mundial foi superada pelo talento aliado à disciplina tática e ao planejamento de base da seleção belga, mais conhecida mundialmente pelo seu chocolate e suas batatas fritas que pelo futebol.
 
No saldo, podemos afirmar que 2018 foi um ano positivo e que trouxe consigo grandes expectativas em torno de um Brasil mais próspero e livre de amarras ideológicas. Porém, isso não quer dizer que o jogo está ganho. Serão necessários muito trabalho, equilíbrio e humildade para viabilizar reformas nos campos político-administrativo, previdenciário, trabalhista e tributário, além de calibrar um pouco mais as chuteiras dentro das quatro linhas. Afinal de contas, só é capaz de administrar bem quem é capaz de se administrar também. E que comece a nova era!
 
Por: Pedro Papastawridis,
 

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