Como escapar do fator previdenciário e ter uma aposentadoria maior


Todos os anos, no final do ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a nova tabela de expectativa de vida.
 
A boa notícia é que os brasileiros estão vivendo mais, mas quanto mais a gente vive, menos a gente ganha. Aí, o trabalhador fica sozinho, perdido, e ainda tem que fazer, por conta própria, o cálculo do tempo de serviço e do valor da futura aposentadoria, antes de bater o martelo.

Isso não deveria ser o contrário? O fato do brasileiro viver mais, ele não vai precisar de mais dinheiro para pagar suas necessidades básicas?

 
O governo errou feio na política de poupança previdenciária, administrou mal os recursos que estavam sob seus cuidados e, agora, advinha quem vai pagar esta conta? Mais uma vez: nós.
 
Para consertar este erro, ele reduziu o valor dos benefícios com a criação do fator previdenciário. É este jogo de idade e expectativa de vida que acaba ferrando a vida do contribuinte.

É comum a situação do contribuinte pagar sobre dois salários mínimos e se aposentar com um?

 
É comum porque quase ninguém faz planos para a aposentadoria. Dependendo da idade e do tempo de contribuição do trabalhador, o fator previdenciário pode gerar uma redução do valor do benefício em até 50%. Vai receber metade do que pagou.

E quem contribui pelo teto, também tem este problema?

 
Todos os contribuintes que irão se aposentar por tempo de contribuição podem ter este problema.

E tem saída para escapar desta redução do valor do benefício?

 
Tem sim. A primeira saída é fazer uma simulação de quando irá se aposentar e quanto irá receber.
 
Dependendo do valor simulado, o trabalhador poderá reduzir o valor das contribuições para não pagar mais do que vai receber ou até mesmo aumentar o valor delas para ter um benefício maior. Tudo depende de cálculo.

Este fator é aplicado em todas as espécies de aposentadoria?

 
Esta é a segunda saída: escolher outras opções de aposentadoria.
 
Nas aposentadorias especiais, por idade, da pessoa com deficiência e daquela por pontos (85/95 pontos) não tem aplicação do fator previdenciário.

Então quer dizer que o contribuinte tem que estudar também qual aposentadoria ele vai requerer?

 
Ele tem que saber quanto tem que contribuir, quando vai se aposentar, quanto vai receber e, como não bastasse, ainda tem que estudar qual aposentadoria vale a pena receber.

O INSS ajuda o trabalhador nesta hora?

Ajuda nada. A Previdência não dá conta nem de analisar os milhares, senão milhões, de processos que estão lá parados, quanto mais orientar o trabalhador sobre essas particularidades.

Esta questão de pedir aposentadoria pela internet não ajuda o beneficiário?

 
Esta foi a maior sacada do INSS para prejudicar o direito dos contribuintes. Os trabalhadores têm um menu de opções, as aposentadorias disponíveis e quase ninguém tem conhecimento para escolher o benefício certo e mais vantajoso.
 
Isso é um crime porque a Previdência tem a obrigação de orientar o trabalhador sobre o melhor benefício e não faz isso. Aí ele escolhe um benefício menor e recebe menos para o resto da vida, e depois dela também, porque a pensão por morte dos dependentes também será menor.
 
Fonte: G1
 
 

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