Resultado foi divulgado nesta terça pela Receita. Resultado foi o melhor para novembro desde 2014. Na parcial de 2017, até novembro, arrecadação acumula R$ 1,2 trilhão.
A Receita Federal informou nesta terça-feira (19) que a arrecadação com impostos, contribuições e demais receitas teve alta real (acima da inflação) de 9,5% em novembro e chegou a R$ 115,08 bilhões.
Segundo a Receita, este foi o melhor resultado para novembro desde 2014 e foi alcançado, principalmente, pelas receitas do novo Refis (refinanciamento das dívidas com a União) e pelos depósitos judiciais, que somaram R$ 7,72 bilhões.
A arrecadação volta a subir após a queda de 20% em outubro, causada pelo processo de repatriação de recursos.
A economia registrou sinais de retomada nos três primeiros meses deste ano e continuou avançando no segundo e terceiro trimestres de 2017. Dados do BC também apontam continuidade da recuperação nos últimos meses.
Acumulado do ano
Na parcial de janeiro a novembro deste ano, segundo a Receita, a arrecadação total somou R$ 1,2 trilhão, com crescimento real de 0,13% na comparçaão com o mesmo período do ano passado. Foi a maior arrecadação para o período desde 2015.
Segundo a Receita, o crescimento da arrecadação no acumulado deste ano, na comparação com 2016, aconteceu apesar do ingresso de R$ 46,8 bilhões em receitas extraordinárias no ano passado, por conta do processo de repatriação.
Neste ano, porém, as receitas com parcelamentos especiais somaram R$ 33,8 bilhões, com aumento de 87%, ou R$ 15,8 bilhões, sobre o mesmo período de 2016 – quando somaram R$ 17,99 bilhões.
De acordo com a Receita Federal, a alta da arrecadação, neste ano, também está em linha com os indicadores econômicos, que registraram aumento da atividade no acumulado de 2017.
Nos onze primeiros meses deste ano, a produção industrial avançou 1,78%, as vendas de bens e serviços cresceram 2% e a massa salarial avançou 2,32%. Já o valor em dólar das importações cresceu 11,43%.
Meta fiscal
O comportamento da arrecadação é importante porque ajuda o governo a tentar cumprir a meta fiscal, ou seja, o resultado para as contas públicas.
Para 2017 e 2018, a meta em vigor é de déficit (resultado negativo) de até R$ 159 bilhões.
No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 154,2 bilhões, o maior em 20 anos. Em 2015, o déficit fiscal totalizou R$ 115 bilhões.
A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos é a piora da dívida pública e mais pressões inflacionárias.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
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