À medida que as empresas crescem e se profissionalizam, aumenta a demanda por profissionais de contabilidade cujas competências estejam constantemente atualizadas. Entre as muitas funções que os contadores podem desempenhar, uma delas é a de auditor contábil. Mas você sabe como fazer para ser um auditor contábil?
Essa é uma das áreas específicas da profissão que hoje apresenta boa demanda por profissionais. Contudo, por suas características, ela exige um apurado senso de organização e também atualização constante, uma vez que leis, portarias e normas mudam com muita frequência. Vamos conhecer mais detalhes sobre essa profissão?
O começo de tudo
Antes de pensar em se tornar um auditor contábil, você precisa ter a graduação adequada para essa função. Assim, o primeiro passo é concluir o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis. Somente com ele você conseguirá assumir o cargo de auditor contábil. Note que para fazer estágio nessa área não há a mesma exigência.
Portanto, estudantes de Administração ou Economia frequentemente passam pela área a título de conhecimento. Contudo, se nos seus planos estiver o objetivo de assumir essa profissão não há outro jeito: é preciso concluir a graduação tradicional em Ciências Contábeis.
Em geral, os cursos de Ciências Contábeis são amplamente acessíveis, tanto em faculdades públicas – a maioria delas o oferece – quanto em faculdades privadas, cujos preços das mensalidades não estão entre os mais altos. A duração do curso é de quatro anos e as aulas podem ser presenciais ou a distância.
Depois da formação acadêmica
Ao concluir o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, o profissional recém-formado precisa ser também aprovado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) da região na qual ele pretende atuar. Assim, com o registro efetivo no CRC, o bacharel em Ciências Contábeis estará apto a atuar como contador, mas não ainda como auditor contábil.
Para isso, será preciso estudar um pouco mais. Para se tornar um Auditor Contábil Independente, é preciso ser aprovado em Exame de Qualificação Técnica. Esse exame é realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade uma vez por ano. Se aprovado, o profissional será inscrito no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI).
O mercado no qual o profissional de contabilidade pretende atuar também precisa ser levado em consideração. As opções são Mercado de Capitais, cujas regras são impostas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Instituições Financeiras, reguladas pelo Banco Central do Brasil (BCB); e Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que regula uma série de entidades.
Colocando a mão na massa
Você se lembra que no início do texto mencionamos que um auditor contábil precisa ter um apurado senso de organização? Pois nunca é demais ressaltar essa característica, uma vez que uma das principais atribuições da profissão é a normatização de documentos e fluxos de pagamentos e recebimentos.
É responsabilidade do auditor fiscal analisar a situação financeira de uma empresa, atestando a veracidade dos lançamentos contábeis. Além disso, identificar erros e fraudes são tarefas cada vez mais comuns na atuação desse profissional. Nas empresas de capital aberto, há regulamentação específica que as obriga a serem auditadas.
Vale lembrar que há dois tipos de auditores: os independentes e os internos. Os primeiros têm maior autonomia em seu trabalho e costumam executar trabalhos pontuais, uma vez que não há vínculo empregatício. Já os internos se responsabilizam por uma série de controles que variam de empresa para empresa.
Buscando oportunidades
Como já mencionamos também, o campo de atuação do auditor contábil é vasto, de forma que não é raro encontrarmos processos seletivos abertos em empresas privadas. Ainda na graduação em Ciências Contábeis, um dos itens obrigatórios da matriz curricular é a realização de estágio na área. Se for do seu interesse você já pode direcionar seus esforços para esse caminho.
As empresas de auditoria também são outro ponto fundamental para encontrar oportunidades de trabalho. Normalmente, o profissional começa como integrante de equipes de auditoria, posteriormente assume relatórios de auditoria de empresas menores até chegar ao ponto em que se responsabiliza pelos processos nas grandes companhias.
Por fim, existe a possibilidade de atuar como auditor independente, de forma autônoma e individual. Entretanto, você só poderá ter um escritório de Auditoria Independente depois de atuar por pelo menos cinco anos na área em questão.
Fonte: Mercado Contábil