Confira os direitos dos trabalhadores temporários e veja dicas para ser efetivado


Nesse período, surgem as vagas temporárias, geralmente concentradas no comércio varejista, que podem resultar em efetivação. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), 10.300 contratações extra-Natal poderão ser feitas para o fim do ano, em todo o Estado do Rio, para atender à demanda no período mais forte de vendas. Mas esse tipo de contrato ainda gera muitas dúvidas.
 
Antônio Carlos Aguiar, advogado e diretor do Instituto Mundo do Trabalho, explica que as empresas podem recrutar trabalhadores extras para vagas de fim de ano, mas também podem chamar um temporário para substituir um funcionário afastado por férias ou licença-maternidade. Seja qual for o motivo, há regras a seguir.
 
— O trabalhador precisa ficar atento. Seus direitos são: jornada de oito horas, com remuneração de horas extras, que não podem passar de duas horas diárias; férias proporcionais ao tempo trabalhado; adicional por trabalho noturno; indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 do pagamento recebido; além de recolhimento para o INSS — disse o advogado, destacando que o trabalhador pode ir à Justiça em caso de descumprimento pela empresa.
 
O contrato também deve ser feito por uma prestadora de serviços de terceirização de mão de obra.
 
— O temporário não tem seu contrato firmado diretamente com o empregador. Na verdade, sua relação contratual é com a agência, ou seja, a empresa contratada pelo tomador de serviços. Mas é preciso prestar atenção: é necessário verificar se essa empresa que faz a contratação está registrada no Ministério do Trabalho — disse Antônio Carlos Aguiar.
 
O trabalhador também deve ter contrato com validade de, no máximo, 180 dias, com obrigatoriedade de carteira assinada. Segundo o advogado, a posterior efetivação geralmente ocorre diretamente na empresa que contratou a prestadora de serviços.
 
Veja dicas para ser efetivado na função
 
O mercado está em busca de profissionais que saibam e queiram trabalhar, dando o melhor para as organizações. Portanto, é preciso se adequar à cultura da empresa e mostrar empenho e dedicação, independentemente da função exercida.
 
As empresas valorizam pessoas éticas, comprometidas e que trabalham bem em equipe. Proatividade e dedicação são importantes para a efetivação: o emprego temporário, dizem especialistas, deve ser visto como oportunidade para ser efetivado na empresa ou para encantar alguns líderes e colegas que podem lhe indicar para outras vagas.
 
Fique atento a comportamentos que devem ser evitados no período como temporário: chegar atrasado, faltar por qualquer resfriado, inventar justificativas ao errar (em vez de querer aprender), ficar conectado a redes sociais e demonstrar falta de interesse.
 
Cuide da aparência e do vocabulário. Os chefes estão atentos à maneira como o profissional se comporta no ambiente de trabalho
 
Não enfrente nem contradiga o chefe por questões que não valham a pena. Em situações de conflito, aguarde o momento ideal para mostrar qualquer insatisfação, lembrando sempre que esta conversa deve ser particular.
 
 
Outra questão importante é fazer contato com as pessoas do trabalho. O chamado networking é importante para, caso não dê certo de imediato, você possa ser lembrado em uma futura oportunidade.
 
 
Fonte: EXTRA
 

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