Quando optar pela declaração completa ou simplificada de IR

Programa indica a melhor opção para o contribuinte; conheça os critérios para tornar uma mais vantajosa que a outra.

A regra para decidir se é mais vantajoso entregar a declaração completa ou simplificada é simples: basta calcular se as despesas que a Receita permite deduzir excedem 20% dos seus rendimentos ou passam de 14.542,60 reais. Se sim, vale a pena preencher a declaração completa para ganhar um desconto mais generoso. Quanto mais gastos dedutíveis forem lançados, menor ficará a renda tributável e, portanto, menor será o montante sobre o qual incidirá a alíquota de Imposto de Renda.

Do contrário, o contribuinte sai no lucro com a submissão do modelo simplificado. Afinal, a opção pelo abatimento único de 20% – limitado ao teto de 14.542,60 reais – tem o objetivo de substituir todos os descontos previstos na legislação.

Para quem possui apenas uma fonte de renda, nenhum dependente e poucos gastos com educação e saúde, costumar ser mais proveitoso adotar a declaração simplificada. Normalmente é o caso de jovens em início de carreira, que não têm filhos e não recebem salários muito altos.

Por outro lado, os que ganham mais que 72.713 reais no ano inteiro (cerca de 6.000 reais por mês), vão abater menos que 20% sobre a renda tributável se optarem pelo modelo simplificado, pois não poderão deduzir mais que o valor limite de 14.542,60 reais. Por isso, calcular as despesas dedutíveis feitas ao longo do ano e enviar o modelo completo será mais vantajoso.

Quem estiver em dúvidas deve preencher toda a declaração: o próprio programa da Receita informa, à medida que os dados são inseridos, qual é o melhor modelo em termos de economia tributária no canto esquerdo inferior da tela. Vale lembrar que produtores rurais que têm prejuízo a compensar e aqueles que querem compensar o imposto já pago no exterior devem necessariamente optar pelo modelo completo da declaração.

Quem optar pelo modelo simplificado da declaração não fica desobrigado de preencher os campos do formulário. O instrumento não serve apenas para apurar o imposto, mas também para prestar informações importantes para a Receita Federal.

O essencial para se fazer a escolha certa é ficar por dentro de todos os benefícios tributários a que se tem direito. Por exemplo, alguns autônomos inserem todos os dados corretamente, mas não sabem que têm direito à dedução dos gastos do Livro Caixa. Com isso, acabam optando pelo modelo simples e pagando bem mais imposto do que o necessário.

Fonte: www.exame.abril.com.br

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