Boa parte dos brasileiros, cerca de 70%, tem o costume de emprestar seu nome para terceiros realizarem compras. O problema é que não tomam os devidos cuidados ao realizar tal ação, de acordo com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
Além do mais, essa prática de “emprestar o nome” é mais comum entre os consumidores inadimplentes. O levantamento mostra que pelo menos 20% dos inadimplentes admitem ter o costume de emprestar o próprio nome a terceiros e, entre esse percentual, 96% reconhecem que não se resguardam contra possíveis riscos de calote, uso indevido do nome ou até mesmo a possibilidade de ficar com o nome sujo. Só 2% dizem que elaboram um contrato com o solicitante, 2% ficam com um cheque pré-datado e menos de 1% fazem uma nota promissória.
O mesmo levantamento também foi feito com as pessoas adimplentes e o resultado foi diferente, devido a maior cautela que estas possuem. Cerca de 9% emprestam o nome, sendo 69% não se resguardam com nenhuma garantia. Entre os que buscam, 15% firmam contrato entre as partes, 7% recebem um cheque pré-datado, 5% retém o documento do ‘tomador de nome’ e 3% emitem uma nota promissória.
Para o gerente financeiro do SPC Brasil. Flávio Borges, uma boa parte dos empréstimos é feito para pessoas muito próximas, seja familiar ou amigo e, por isso, as pessoas ficam constrangidas em recusar o pedido.
Além do mais, a pesquisa mostra que 45% dos entrevistados não cobram a dívida para evitar o constrangimento.
Pensando nisso, Borges aconselha nunca emprestar o nome, principalmente que se for para algum parente próximo ou amigo íntimo. “Dizer ‘não’ pode acabar com a amizade, mas se a pessoa diz ‘sim’, corre o risco de perder não somente o amigo, mas também dinheiro e ficar com o nome sujo”, finaliza.
Fonte: Infomoney