Sem reforma da Previdência até 2018, perspectiva é negativa para o Brasil


 
Leos disse a jornalistas achar difícil que haverá chance de aprovar a PEC da Previdência em 2018, um ano eleitoral, caso a reforma não aconteça neste ano.
 
O analista ressaltou, porém, que do ponto de vista de uma agência de classificação de risco, mais que data de aprovação do texto, o importante é o conteúdo das medidas, que sejam suficientes para reduzir a dívida do País.
 
“Estamos ficando sem datas para a reforma da Previdência”, disse ele ao ser perguntado sobre sua perspectiva para a Previdência.
 
Leos ressaltou que o cenário da Moody’s para o Brasil nos próximos anos incorpora uma reforma, por isso é essencial que as medidas saiam do papel.
 
Um ajuste na previdência social brasileira é essencial para estabilizar a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), que caminha para superar os 80%, acima da média dos emergentes.
 
Além do cenário para a reforma da Previdência, Leos disse que um dos fatores que a Moody’s vai levar em conta no processo de reavaliação do rating soberano do Brasil é a eleição do ano que vem.
 
O impacto maior das urnas na nota soberana, porém, ficará para 2019. Independentemente de quem vença a corrida eleitoral, Leos ressaltou que o próximo presidente terá que prosseguir com o ajuste fiscal, por conta da forte deterioração dos números.
 
“Qualquer decisão é possível”, disse Leos ao falar dos rumos do rating brasileiro. O analista ressaltou aos jornalistas o que já havia dito em sua apresentação, que a Moody’s virá falar com o governo brasileiro no começo de 2018 para reavaliar a nota.
 
A perspectiva pode ser incrementada para “estável” se houver melhora importante no cenário ou o outlook “negativo” pode ser estendido no caso de não houver nenhuma reforma da Previdência.
 
Ele citou como exemplo o rating mexicano, que recebeu perspectiva negativa no ano passado em meio às perspectivas sobre os impactos da presidência de Donald Trump no país vizinho. Este ano a perspectiva foi prorrogada.
 
Fonte: Diário do Comércio
 

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